PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA Primeira Câmara Criminal 2ª Turma EMENTA: CÓDIGO PENAL MILITAR. HABEAS CORPUS. CRIME DE DESERÇÃO. ART. 187, CPPM. PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. DESNECESSIDADE DA PRISÃO. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. REVOGAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL EM 15/03/2024. OPINATIVO MINISTERIAL PELA PREJUDICIALIDADE DO PLEITO. ART. 659, CPB. WRIT PREJUDICADO. I – Em consulta aos autos, foi noticiado pelo Juízo Primevo que o Paciente foi beneficiado com a revogação da prisão preventiva em 15/03/2024, e expedição do Alvará de Soltura, à luz do art. 453, do CPPM. II - Dispõe o art. 659 do Código de Processo Penal que “se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido”. III – Prejudicado, pois, o exame do Pleito que busca, justamente, a revogação do decreto preventivo. IV - Writ Prejudicado. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Habeas Corpus nº 8016785-46.2024.8.05.0000, apontando como autoridade coatora o Juízo da Vara de Auditoria de Justiça Militar, sendo Impetrante a Bela. DANIELLE ALMEIDA DE ALMEIDA, e, Paciente, FABIO SANTANA CERQUEIRA. ACORDAM os Desembargadores integrantes da 2ª Turma Julgadora da Primeira Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, à unanimidade de votos, em JULGAR PREJUDICADO O WRIT. E assim decidem pelas razões a seguir explicitadas.
Processo: HABEAS CORPUS CRIMINAL n. 8016785-46.2024.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
PACIENTE: FABIO SANTANA CERQUEIRA e outros
Advogado(s): DANIELLE ALMEIDA DE ALMEIDA
IMPETRADO: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA AUDITORIA MILITAR DA COMARCA DE SALVADOR - BA
RELATOR: DES. PEDRO AUGUSTO COSTA GUERRA
ACORDÃO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL 2ª TURMA
DECISÃO PROCLAMADA |
Prejudicado Por Unanimidade
Salvador, 23 de Abril de 2024.
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA Primeira Câmara Criminal 2ª Turma Salvador/BA, Des. Pedro Augusto Costa Guerra - 1ª Câmara Criminal- 2ª Turma Relator
Processo: HABEAS CORPUS CRIMINAL n. 8016785-46.2024.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
PACIENTE: FABIO SANTANA CERQUEIRA e outros
Advogado(s): DANIELLE ALMEIDA DE ALMEIDA
IMPETRADO: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA AUDITORIA MILITAR DA COMARCA DE SALVADOR - BA
RELATOR: DES. PEDRO AUGUSTO COSTA GUERRA
RELATÓRIO
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA Primeira Câmara Criminal 2ª Turma Trata-se de Habeas Corpus com pedido liminar, impetrado pela Bela. DANIELLE ALMEIDA DE ALMEIDA, em favor de FÁBIO SANTANA CERQUEIRA, contra ato do MM. Juízo da Vara de Auditoria Militar do Estado da Bahia, requerendo que sejam revogadas as medidas cautelares, com a consequente expedição de alvará de soltura ou, subsidiariamente, a concessão medida cautelar a ser cumprida no domicílio do Paciente. Ao final, a concessão definitiva da ordem no mesmo sentido da medida de urgência. Em consulta aos autos, foi noticiado pelo Juízo Primevo que o Paciente foi beneficiado com a revogação da prisão preventiva em 15/03/2024, (ID 59386769), aduzindo: “[...] Em decisão proferida por este Juízo (AÇÃO PENAL MILITAR - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO n. 8030847-88.2024.8.05.0001), em data de 15 de Março de 2024, verificou-se a existência de requerimento por parte da Promotoria de Justiça Militar de instauração de Incidente de Insanidade Mental, com fundamento no art 156, do CPPM. Ocasião em que, foi deferido o pedido formulado em relação a instauração do incidente de insanidade mental do paciente e determinado o relaxamento da prisão preventiva, sendo expedido Alvará de Soltura, na forma do art. 453 do CPPM [...]” Dessa forma, em face das Informações acostadas, resta, assim, por prejudicado o exame do pleito que busca, justamente, a revogação da custódia cautelar. A respeito do tema, o Superior Tribunal de Justiça assim já se manifestou: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PERDA DE OBJETO. 1. O habeas corpus se destina à defesa de liberdade de locomoção. Não estando ameaçado ou violado este direito, desaparece a necessidade do uso deste instrumento constitucional. Assim, se houve absolvição e liberação, não mais existe cerceamento à liberdade, restando prejudicado o recurso de habeas corpus (art. 659 do CPP), sem, entretanto, emprestar validade a atos reputados contrários à lei e praticados por autoridades policiais. 2. Agravo regimental improvido. (AgRg no RHC n. 11.798/SP, relator Ministro Fernando Gonçalves, Sexta Turma, julgado em 14/5/2002, DJ de 10/6/2002, p. 269.) Nesse sentido, dispõe o art. 659 do Código de Processo Penal que “se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido”. Ante o exposto, acolhendo o Parecer Ministerial, voto no sentido de Julgar prejudicada a Ordem de Habeas Corpus. É como voto. Salvador, Des. PEDRO AUGUSTO COSTA GUERRA Presidente/Relator Procurador(a) de Justiça
Processo: HABEAS CORPUS CRIMINAL n. 8016785-46.2024.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
PACIENTE: FABIO SANTANA CERQUEIRA e outros
Advogado(s): DANIELLE ALMEIDA DE ALMEIDA
IMPETRADO: JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA AUDITORIA MILITAR DA COMARCA DE SALVADOR - BA
RELATOR: DES. PEDRO AUGUSTO COSTA GUERRA
VOTO